Mesmo antes de nascer, uma mãe já começa a cuidar do seu filho. São 9 meses em que o seu corpo deixa de ser seu para virar a casa de um novo ser. Vira o abrigo do milagre da construção da vida.
Durante a gestação da minha filha Cristina, eu só fiz os exames básicos. Neguei-me a fazer testes e ecografias de maior definição a procura de doenças. Isso não mudaria nada pra mim. Meu amor seria igual. Talvez por isso as mães solidarizem-se entre si. Somos cúmplices de um amor infinito.
Um bebê quando nasce precisa de cuidados para não morrer. Em outras espécies animais isso não ocorre. O ser humano é muito sensível e dependente.
O presidente de um país, o chefe de uma grande empresa, uma artista famosa etc todos um dia necessitaram dos cuidados de uma mãe pra sobreviverem.
Como cardiologista, vejo com frequência os meus pacientes idosos voltarem a necessitar de cuidados, alguns iguaizinhos a um bebê.
A vida é engraçada. No começo e no final dela precisamos do outro ou dos outros para sobrevivermos.
Não entendo como, no meio da vida, algumas pessoas se “isolam” achando-se auto-suficientes. Pura ilusão. Não importa se somos muito ricos ou muito famosos. A nossa felicidade passa obrigatoriamente pelo convívio com a família e pelos amigos. Sozinhos não somos nada.
Por isso, hoje pensei que essa mensagem devemos aprender com as mães: somos frágeis, limitados e precisamos do outro pra viver.
