Quando eu vejo teu passado, sinto como se eu estivesse junto contigo todo o tempo.
Te conheço há pouco, mas é como tu já soubesses de mim antes mesmo de eu nascer.
Como se a tua vida ficasse espreitando a minha e vice versa. Como se estivéssemos andando em caminhos diversos e, de vez em quando, nossas almas abrissem uma janelinha para sorrirem entre si.
Nossos caminhos são distintos e não temos pressa em nos cruzarmos: Gostamos de andar sozinhos…
Eu não saberia te valorizar no começo da minha estrada. Precisei viver muitos amores pra conseguir te entender. Ter-te no princípio da minha jornada seria igual a mostrar pra uma criança de 5 anos um filme do Tarantino ou oferecer um cálice de um vinho francês pra um mendigo com sede de água.
Todas as nossas experiências foram necessárias. Hoje eu até posso gostar de comer arroz com feijão, mas aprendi a apreciar um prato requintado, uma refeição mais elevada.
Tu és o prazer na medida que eu quis e que eu não tenho pressa pra ter. Já não me importa se nossos caminhos ainda vão demorar pra definitivamente se cruzar. A única coisa que me importa é que finalmente eu saberei te reconhecer.
